sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O modelo (última parte)


Porque Teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre, amém. Mateus 6: 13

Porque. Tudo o que se disse a Deus em oração faz sentido no confronto com ou decorre dessas últimas palavras. Elas dão o sinete de validade, de eficácia de todos os pedidos por proteção, perdão ou provisão de bens materiais.

Teu é o reino. Porque, Pai, reconheço Tua soberania, sou um súdito. Reconheço que existe uma vontade que tem prevalência sobre a minha. O reino é Teu. O império é Teu. E eu preciso nominar e verbalizar esse fato porque não existe nada mais difícil para um ser humano egoísta e individualista como eu do que abrir mão de guiar seus próprios caminhos, fazer as escolhas que lhe pareçam mais vantajosas. Deixa então eu repetir mais uma vez: teu é o reino.

Teu é o poder. Não estou me dirigindo a um Deus impotente. Não estou levando as coisas que me são mais importantes, as minhas situações mais desesperadas a alguém de mãos atadas ou incapaz de dar a saída mais eficaz para cada uma delas. Pelo contrário, estou falando com um Pai que pode perdoar, pode prover, pode cuidar, pode velar, pode salvar. Deixe-me declarar aos quatro ventos que acredito em um Deus poderoso, que já senti esse poder na minha vida. Talvez, aliás, eu precise ser relembrado dessa premissa básica todo o tempo, porque sou tentado a crer que as coisas conspiram contra mim ou que Tu tens coisas mais importantes para fazer do que ser meu Pai.

Tua é a glória. Glória é uma questão de justiça, já que justiça é dar a cada um o que é seu. Glória, portanto, tem a ver com mérito. Assim, Pai, vou terminar minha oração colocando as coisas em seus devidos lugares e o lugar da glória é sobre Ti. Reconheço que tudo o que é êxito, tudo o que é vitória, tudo o que é sucesso e benção devem ser tributados ao originador deles, que é meu Pai querido. A glória pelo que alcancei é Tua. A glória que alcançarei quando os pedidos que Lhe fiz forem realizados conforme a Tua soberana sabedoria, através do exercício de Teu poder que não conhece limites, enfim, a glória será toda Tua. Longe, muito longe de mim esteja gloriar-me. Termino assim minha conversa contigo, Pai, apontando para cima depois do gol. Que o mundo conheça que a glória de minha existência advém do fato de ser filho de quem sou, e que as pompas desse mundo para mim são nada, se não troféus da glória do Pai.

Amém.

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