Porque
Teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre, amém. Mateus
6: 13
Porque.
Tudo o que se disse a Deus em oração faz sentido no confronto com ou decorre
dessas últimas palavras. Elas dão o sinete de validade, de eficácia de todos os
pedidos por proteção, perdão ou provisão de bens materiais.
Teu é o reino.
Porque, Pai, reconheço Tua soberania, sou um súdito. Reconheço que existe uma
vontade que tem prevalência sobre a minha. O reino é Teu. O império é Teu. E eu
preciso nominar e verbalizar esse fato porque não existe nada mais difícil para
um ser humano egoísta e individualista como eu do que abrir mão de guiar seus próprios
caminhos, fazer as escolhas que lhe pareçam mais vantajosas. Deixa então eu
repetir mais uma vez: teu é o reino.
Teu é o poder.
Não estou me dirigindo a um Deus impotente. Não estou levando as coisas que me
são mais importantes, as minhas situações mais desesperadas a alguém de mãos
atadas ou incapaz de dar a saída mais eficaz para cada uma delas. Pelo
contrário, estou falando com um Pai que pode perdoar, pode prover, pode cuidar,
pode velar, pode salvar. Deixe-me declarar aos quatro ventos que acredito em um
Deus poderoso, que já senti esse poder na minha vida. Talvez, aliás, eu precise
ser relembrado dessa premissa básica todo o tempo, porque sou tentado a crer
que as coisas conspiram contra mim ou que Tu tens coisas mais importantes para
fazer do que ser meu Pai.
Tua é a glória.
Glória é uma questão de justiça, já que justiça é dar a cada um o que é seu.
Glória, portanto, tem a ver com mérito. Assim, Pai, vou terminar minha oração
colocando as coisas em seus devidos lugares e o lugar da glória é sobre Ti.
Reconheço que tudo o que é êxito, tudo o que é vitória, tudo o que é sucesso e
benção devem ser tributados ao originador deles, que é meu Pai querido. A
glória pelo que alcancei é Tua. A glória que alcançarei quando os pedidos que
Lhe fiz forem realizados conforme a Tua soberana sabedoria, através do
exercício de Teu poder que não conhece limites, enfim, a glória será toda Tua.
Longe, muito longe de mim esteja gloriar-me. Termino assim minha conversa
contigo, Pai, apontando para cima depois do gol. Que o mundo conheça que a
glória de minha existência advém do fato de ser filho de quem sou, e que as
pompas desse mundo para mim são nada, se não troféus da glória do Pai.
Amém.
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