sexta-feira, 22 de abril de 2016

Nova ordem

É isso aí o que nós temos. Lá, representantes de péssimo calibre, que aproveitam seus 10 segundos de cadeia nacional para assassinar o português e reforçar o estereótipo de que trabalham não pelo bem comum, mas por suas famílias, seu curral eleitoral e, no máximo, pelo seu estado, incapazes de mencionar o fato que teoricamente dava ensejo àquela votação, vociferando protestos anticorrupção como se fossem impolutos. Vergonha. Aqui, indignados de Facebook flamulando suas bandeiras míopes em discursos transbordantes de ódio e ignorância. Ali, violência, preconceito, desamor. É isso o que temos. Essa é nossa ordem de coisas.

"Veja, estou fazendo novas todas as coisas!" (Apocalipse 21:5 Viva).

A antiga ordem se encerra, e uma nova é estabelecida. Uma ordem em que o mar já não existe, é uma única nação pulsando em uníssono, sem ninguém que "pratique coisas vergonhosas ou mentirosas" (27), sem "covardes, incrédulos, depravados, assassinos, imorais, bruxos, ocultistas, ídolos e mentirosos" (8). Harmonia enfim. Nivelada por cima, e não por baixo. 

E Deus mesmo agora entre nós, acessível, próximo, palpável. "Eles contemplarão a sua face" (22:4). Porque a nova ordem, mais do que aquilo que não tem (representantes do povo de baixíssima qualidade movidos a fisiologia, mentirosos, imorais, etc), é marcada por aquilo que ela tem e que não havia na ordem anterior. Deus entre nós. Nós perto dEle. Sem ânsia por se esconder, sem vergonha por uma nudez inventada, sem a sensação de que seremos fulminados. E enfim sem a sensação de que algo nos falta.

Nada nos falta na nova ordem, é isso o que temos ali.

Você pode me chamar de escapista. Mas eu tenho esse consolo.


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