sexta-feira, 5 de junho de 2015

Ore por mim

Na semana passada olhamos para as orações de Paulo pelos filipenses, efésios e colossenses e notamos que elas não se parecem muito com as orações que fazemos uns pelos outros. Paulo ora para que as pessoas que ama tenham coisas como discernimento entre o certo e o errado, tenham perseverança, força para viver uma vida com padrões morais e éticos mais elevados do que a média e espírito de gratidão. Mas ele também pedia orações por si próprio.

E quais eram os pedidos de Paulo por si mesmo? Se entrasse num culto de quarta-feira da sua igreja, ele entraria na fila das pessoas que pedem por um parente doente, por um emprego ou pelo casamento de um primo? Talvez, mas o pedido de oração que temos registrado em Colossenses 4:2-4 também é de uma natureza diferente dessas que fazemos por nós mesmos.

“Não se cansem de orar;... não se esqueçam de orar por nós também, a fim de que Deus nos dê muitas oportunidades de pregar o evangelho, a fim de que possamos proclamar o mistério de Cristo pelo qual eu estou aqui na prisão. Orem para que eu seja bastante corajoso para falar do evangelho livre e abertamente, e explica-lo como devo naturalmente fazer”.

O cara estava preso. Em outras passagens vemos que ali ele passava frio e muitas privações, o que não o impedia de solicitar orações por mais coragem e por mas oportunidades para falar da mensagem que transformara sua vida.

Paulo tinha uma causa. Uma causa pela qual entregara sua vida inteira. É possível notar esse fato pelas orações que fazia e pelas que pedia.

Se ainda estamos na dinâmica de saber pedir apenas por melhores condições de vida aqui e agora, se estamos ainda presos pela tirania da qualidade de vida a qualquer custo, não adianta pretender simplesmente começar a proferir mecanicamente outras palavras na oração para parecermos pessoas melhores, cristãos mais maduros.

O que não significa que nossas orações precisem continuar iguais. Talvez seja o caso de começar a 
orar por maturidade. Para que a “causa” nos tome por completo. Para que cheguemos ao nível de Paulo, capaz de desejar coisas mais sofisticadas do que o trivial para os outros e para si próprio, coisas mais harmonizadas com a eternidade.

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