sexta-feira, 3 de abril de 2015

A Vida com V maiúsculo

Esta semana compartilhei em minha página no Facebook (Instantâneos do Reino) um interessante vídeo do Rabino Manis Friedman explicando porque os judeus continuam existindo, apesar de não serem numerosos, nem fortes e de terem sido tão perseguidos ao longo da História. Nações muito mais fortes existiram e se foram. Por que eles continuam existindo?
 A explicação do rabino é a seguinte: "quando as pessoas têm uma Vida, algo pelo qual estariam dispostas a morrer, sua existência tem propósito. Mas se você existe mas não tem uma Vida, então sua existência é muito mais fraca e mais vulnerável". As nações mais fortes e ricas que desapareceram, tudo o que elas queriam era continuar existindo. Construíram cidades grandes e com muros fortes para se defender, anexaram terras dos outros para ter o que comer... E, no entanto, desapareceram.

 O povo judeu, contudo, quando surgiu como um povo, ouviu de Moisés "vocês não vão ter uma vida confortável. Vão ser espalhados pelo mundo, perseguidos, nunca estarão seguros". Portanto, não se preocupem com sua existência. Se ocupem de sua Vida. "Se você está ocupado com o propósito da Vida, a existência cuida de si mesma".
 Para que a Vida tenha primazia sobre a sobrevivência, existe o remédio do sábado. Friedman observa que Deus pediu para não produzir nada um dia a cada sete. Quando você se conforma em não procurar fazer sua vida mais confortável nesse dia, você está gritando: a Vida é maior que a existência! O propósito é muito maior do que a mera sobrevivência, do que o conforto passageiro. As coisas que você não estudou continuam sem ser estudadas nesse dia. Os programas que você não viu, as compras que não fez, os trabalhos que não terminou... tudo continua como está, para mostrar que a Vida é maior e mil vezes mais urgente que a existência!
 Como escreveu Rob Bell, um pastor não adventista que, no entanto, desliga o celular aos sábados e não aceita marcar nenhuma reunião nesse dia: "O sábado é ter um dia na semana para me lembrar de que eu não fiz o mundo e de que ele vai continuar a existir sem meus esforços. O sábado é um dia em que meu trabalho está consumado, mesmo se não estiver de fato. O sábado é um dia em que meu trabalho é aproveitar e ponto final. O sábado é um dia em que estou plenamente disponível para mim mesmo e para aqueles que mais amo. O sábado é um dia em que me lembro de que, quando Deus fez o mundo, Ele viu que era bom."
Em Sua sabedoria, o Criador nos pediu que semanalmente nos forçássemos a recordar que o mundo não gira ao nosso redor. 
Hoje comemoramos o dia em que Ele morreu para que tivéssemos Vida. Vida eterna. Vida em abundância. 
Só posso, portanto, concluir com as palavras do rabino Friedman: "Não se torne um escravo de sua existência. Dê a sua existência uma Vida".


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