sexta-feira, 3 de junho de 2011

A sétima disciplina: submissão

Faça uma lista das coisas que você quer que aconteçam. Seus sonhos, metas e planos. Fez? Bem, agora, olhando para sua lista responda: você é feliz? Ou você depende que essas coisas que você pôs no papel para ser feliz. A disciplina da submissão nos ensina que precisamos de muito pouca coisa para sermos felizes. Ela nos ensina que as coisas não precisam ser do nosso jeito, na hora que desejamos. A disciplina da submissão nos liberta do pequeno tirano que temos enraizado em nosso coração.

A base bíblica para essa disciplina é muito extensa. Em Marcos 8:34 Jesus nos diz que se alguém quiser segui-lO, precisa primeiro negar-se a si mesmo. Em Mateus 10:39, Ele afirma que quem quiser ganhar sua vida vai perdê-la, e em Filipenses Paulo aponta para Cristo como um exemplo, alguém que “esvaziou-se a si mesmo” (2:4-7), alguém que afirmou que para sermos os primeiros deveríamos ser os últimos (Marcos 9:35), que se alguém nos batesse numa face deveríamos oferecer a outra e que se nos obrigassem a andar uma milha deveríamos andar duas (Mateus 5:39 e 41). Há recados para os escravos serem submissos a seus patrões (I Pedro 2:18) e para todos os cristãos serem submissos às autoridades civis (Romanos 13:1, entre outros). Difícil ignorar tantas setas apontando esse caminho!

Mas a disciplina da submissão requer maturidade. Submissão não é subserviência e a base para o amor ao próximo é o amor a si mesmo (Marcos 12:33). A submissão vai até ao limite da autodestruição. A disciplina da submissão não deveria ser ensejo para a manipulação e o abuso.

Submissão e liberdade andam juntas, por estranho que possa parecer a princípio. Quando Pedro afirma que o escravo deve ser submisso a seu patrão, ele está pregando uma forma radical de submissão. Que escolha tem o escravo? Ele é obrigado a ser submisso. Pedro está convidando o escravo a encarar a situação por uma ótica completamente nova. Se ele quiser ser submisso, ele está agindo livremente. Está exercitando seu livre arbítrio e imitando Seu Salvador. Por isso Camões disse que amar é servir a quem vence o vencedor, é você querer livremente ser um canal de bênçãos para os homens que o rodeiam.

Foster aponta sete oportunidades para demonstrar nossa sujeição do egoísmo e da nossa conveniência pessoal; devemos ser submissos a Deus, à Bíblia, a nossa família, a nosso vizinhos e as pessoas que nos cruzam o caminho, à comunidade da igreja, a quem está em dificuldades (os párias, espoliados, negligenciados, excluídos) e ao mundo do qual fazemos parte, embora muitas vezes a contragosto.

Esse é o caminho, andai por ele. Mas você quer saber como pode praticar a disciplina da submissão? Bem, espere até a semana que vem para conhecer mais sobre a disciplina do serviço.

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