sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

O mundo como você conhece está sentenciado

Meu professor de mestrado dizia que vários pensadores concordam que alguma coisa aconteceu de muito radical durante os anos 70 e 80 do século XX, uma revolução sem precedentes na sociedade ocidental, uma mudança de paradigmas que é difícil precisar. Alguma coisa aconteceu, mas não se sabe bem o que, como se uma mão invisível coordenasse as coisas. Vê-se os efeitos dessa revolução, contudo: de repente, e pela primeira vez na História, o objetivo de vida de uma enorme massa, de uma enorme coletividade, passou a ser o conforto, a "qualidade de vida:".

Hoje conhecemos os subprodutos desse fenômeno. Pós-modernismo, relativismo, o ecossistema ferido de morte, são apenas alguns desses efeitos colaterais.Há outros.

Os demógrafos brigam bastante entre si, mas parece haver um consenso de que foi apenas em meados do século XIX que o mundo chegou a ter um bilhão de pessoas. Ora, se levou alguns milênios até essa marca, entre o 6o e o 7o bilhão foram apenas doze ou treze anos.Curiosamente, a taxa de natalidade de países desenvolvidos (leia-se: basicamente o mundo ocidental de cultura judaico-cristã, com raras exceções) é negativa. A taxa de natalidade da França, por exemplo, é de 1,7 filhos por casal e acredite: é uma das maiores do continente.

Então o mundo está vivendo uma explosão populacional, mas não no epicentro de nossa cultura. Geógrafos afirmam, não sem certo desespero e alarmismo, que uma taxa de natalidade inferior a 2 vírgula alguma coisa durante toda uma geração pode simplesmente condenar aquela cultura ao desaparecimento. 

Bem, se a taxa de natalidade na Europa Ocidental é negativa, o curioso é que a população quase não se altera, e não se altera graças à imigração, massivamente islâmica. O Pew Research Center publicou um estudo afirmando que a Europa será um continente muçulmano em algumas décadas. Na Alemanha, por exemplo, estima-se que em 17 anos 40% do exército já será de muçulmanos. E essas curvas mostram que esse fenômeno já é absolutamente irreversível. A cultura alemã que conhecemos e admiramos (claro, com reservas) será História nos dias de nossos filhos.

Então, quando o homem ocidental decidiu entronizar o conforto e o bem estar, quando a qualidade de vida se impôs como objetivo máximo e a carreira se tornou o foco primordial inclusive das mulheres, nossa sociedade gestou o vírus de sua própria morte. É simples assim e durma-se com um barulho desses.

Bem, eu acredito saber de quem é a tal mão invisível no comando dos destinos deste mundo e confio no dono dela. O que me pergunto é: estou pronto a ser uma minoria, provavelmente oprimida? Estou preparando meus filhos para viver nesse ou em outro futuro possível e nem imaginado, como esse também não era dias atrás? Estou me relacionando com o Dono da mão invisível para que não me flagre "desmaiando de terror pela expectativa das coisas que hão de acontecer" (Lucas 21:26)?

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