sexta-feira, 6 de abril de 2012

A páscoa é minha

A primeira páscoa aconteceu no dia em que caiu a última das dez terríveis pragas que assolaram o Egito por ocasião da libertação do povo hebreu da escravidão. Até então, cada praga que caía (piolhos, rãs, pústulas, chuva de pedras, etc) poupava a terra de Gósen, onde estavam os hebreus. De certo modo, portanto, as pragas eram para os egípcios, não para os hebreus; estes não precisavam se preocupar com elas. Para a última e mais cruel praga, contudo, Deus deu ordens para os hebreus; se eles as descumprissem, sofreriam com o mesmo destino que os egípcios.

Moisés pediu ao povo para separar um cordeiro no dia 10 do mês e, no dia 14, este animal deveria ser imolado, seu sangue separado e seu corpo assado. O sangue deveria ser aspergido nos batentes das portas. Toda porta que tivesse aquele sangue não sofreria a última praga, que era a morte do primogênito da casa, seja se pessoa seja de animal.

A praga era para o Egito. Era o Egito quem mantinha a opressão da escravidão sobre o povo de Deus. Era o Egito quem se recusava a permitir aos hebreus adorar a Deus. Era o Egito quem usava da força para obter mão de obra gratuita, numa atitude contrária ao caráter e aos princípios do Reino de Deus. Mas, ainda assim, mesmo havendo garantida a salvação para os primogênitos hebreus, eles deveriam observar o ritual daquela primeira páscoa, caso contrário seus primogênitos seriam ceifados.

A primeira páscoa falava de libertação. Libertação da sentença de morte, libertação da escravidão. A primeira páscoa simbolicamente falava, portanto, da solução de nosso maior problema, a libertação de nosso impiedoso senhor, o pecado. A primeira páscoa apontava à última páscoa, quando o Cordeiro que tira o pecado do mundo seria morto e seu sangue representaria a vida para Seus filhos. Na última páscoa como na primeira, a morte não toca aqueles que têm o sangue na porta de suas casas.

O que Deus quer dizer hoje com isso tudo é que a salvação que foi garantida para você não vai lhe adiantar de nada se você não tomá-la e pintar as portas de sua casa com ela. Não adianta Jesus estar morto naquela rude cruz se você não fizer um gesto de apropriação daquela salvação. Se você não estender sua mão, tomar aquele sangue e o colocar bem alto em um lugar que qualquer um possa ver. Você precisa dizer “Senhor, eu quero a salvação”. Você precisa dizer “Senhor, eu não me envergonho da salvação, quem passar pela minha casa verá que eu confio nela”.

A páscoa celebra a vitória, mas você precisa entrar em campo para ela ser sua também. O resto – a parte difícil, a parte que se humilha, sangra e é açoitada e zombada – o Cordeiro faz. Faça a páscoa sua. Hoje e cada dia de sua vida.

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