sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A primeira do ano

O tipo de coisa que é bom escutar no começo de uma jornada é a direção para onde deveria ir. Qual é o meu norte? Há milhões de alternativas possíveis para as mais de três centenas de páginas em branco que nos separam da próxima virada de ano; como preenchê-las? Que rumo dar a esse barco?

Meu norte é determinado pela Bíblia, que reputo como a Palavra de Deus, meu guia mais seguro para determinar valores, sonhos, projetos, prioridades e ética, para este e para o próximo mundo. Mas faz sentido voltar à velha e vergastada Bíblia? A essa altura do campeonato já não haveria bússolas mais eficientes? Será que dois mil anos de civilização não teriam produzido um conhecimento superior ao dela?

No último sábado pedi para o pr. Horne, um professor de teologia aposentado, me dar seu parecer sobre essa pergunta. Ele pegou a sua Bíblia na mão, deu uma folheada pensativa, e disse que ela a acompanha há mais de 50 anos. O impacto dela sobre sua vida é tão grande a ponto de ele haver se tornado um estudioso profissional dela, mas, ainda assim, ele sente que não sabe muito sobre ela. Cada vez que a abre para estudar – e ele o faz todos os dias – é surpreendido com novos vislumbres de quem é Deus, de qual o plano dEle para a humanidade, do que está por trás do noticiário do dia e do que se espera que ele faça em uma infinidade de situações da vida.

Fiquei feliz de ver que o estudioso de mais de 50 anos tem a mesmíssima experiência que eu, com meus cerca de 15 anos de estudos diários do Livro. Dá para continuar confiando na Bíblia? A melhor forma de responder isso é ir a ela e deixar que o poder que está por trás dela atue. Há, eu sei, uma série de evidências racionais, internas e externas, inclusive endossadas pela arqueologia, em favor da Bíblia, mas a que eu mais gosto é a que vem da minha experiência pessoal: a Bíblia mudou minha vida e continua mudando, operando uma transformação profunda que vai muito além da construção de uma ideologia interessante. A Bíblia dá forma a meu caráter, que ideologia seria capaz disso?

No começo da jornada é bom saber que tenho um mapa fiel. Ele me diz exatamente onde eu estou (“porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”, Rom. 3:23), para onde devo ir (“até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” Efe.4:13) e diz como é que isso vai acontecer (“porque Deus é o que opera em vós tanto o querer quanto o efetuar” Fil.2:13, “justificados, pois, mediante a fé”Rom.5:1). É bom saber que eu não preciso de mais nada do que meu velho mapa, ao qual eu deveria é dar mais atenção do que tenho dado!

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