Visitar uma academia de ginástica pode ser uma atividade extremamente espiritual. Na verdade, acho que as academias são um bom exemplo de igrejas da nossa geração; ou você não sente uma atmosfera meio mística, de adoração e veneração em uma academia?
Há espelhos por toda parte e os adoradores os usam sem parar. O jeito com que veem a evolução de seus esforços nos próprios corpos revela uma indisfarçada satisfação consigo mesmos. Ora, a grandeza de uma geração pode ser medida por aquilo que ela adora. Se o que adoramos é tão bom quanto nós mesmos, não temos nenhuma chance de querer ser algo melhor.
E há outro fato espiritual numa academia: ela é uma celebração da vida que se escora na ilusão do diferimento da morte. A satisfação de estar tratando bem a saúde frequentemente descamba para a ilusão da eternidade. Nossa geração se comporta como se fosse viver para sempre ao invés de procurar aquilo que lhes pode fazer viver para sempre. É como se fingíssemos ter aquilo que mais precisamos e queremos, uma espécie de "jogo do contente de Pollyanna" com consequências mórbidas.
Jesus advertiu certa vez os Seus contemporâneos de então: "vocês examinam as Escrituras por acreditam que acham nelas a vida eterna, e são elas que falam de mim, mas vocês não querem vir até mim para ter vida!" (João 5:39 e 40). Ele os criticava por ficarem só na Bíblia, sem desenvolver um relacionamento com o Autor dela. O que Ele diria a nós, que não fazemos nem uma coisa nem outra?
Volto da academia com estes conselhos ecoando na mente: Adore o que merece ser adorado. Viva como quem de fato não tem aquilo que mais falta lhe faz. Busque-a em Quem a pode dar. Fuja da mediocridade de sua geração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário